A miscigenação envolveu também os africanos, que chegaram ao Brasil como escravos, mas esses não podem ser considerados imigrantes, já que não chegaram aqui por livre vontade, foram trazidos à força para cá.
Cristãos-novos: judeus convertidos ao cristianismo.
Degredados: criminosos condenados ao exílio.
Azulejaria: azulejo é designação portuguesa e castelhana, derivada do termo árabe al zulaicha, ou zuléija, que significa ladrilho. Era usado para decoração e as suas pinturas normalmente "contavam uma história".
Anarquismo: teoria social e movimento político, com presença atuante na história ocidental durante o século XIX e na primeira metade do século XX, que sustenta a ideia de que a sociedade existe de forma independente e antagônica ao poder exercido pelo Estado.
Volkswagen: em alemão, "carro do povo".
 
     Imigração no Brasil, por nacionalidade - períodos decenais 18884-1893 a 1924-1933
 
  Nacionalidade
     Efetivos Decenais
 
   
 1884-1993
 1894-1903
 1904-1913
 1914-1923
 1924-1933
 
  Alemães
 227.778
 6.698
 33859
 29339
 61723
 
  Espanhóis
113.116 
102.142
224672 
94779 
 52405
 
  Italianos
510.533
 537.784
196521 
86320 
70177
 
  Japoneses
 -
11868 
20398 
110191 
 
  Portugueses
 170.621
 155.542
384672 
201252 
233650 
 
  Sírios e Turcos
96 
7.124 
45803 
20400 
20400 
 
  Outros
66.524 
 42.820
109222 
51493 
164586 
 
  Total
 883.668
 852.110
 1.006.617
503.981 
717.223 
 
Sinagogas: templo onde se realizam os cultos judaicos...
Sefaradis: judeus originários da Turquia, Líbano, Síria e Egito.
Holocausto: massacre de judeus e de outras minorias, efetuado nos campos de concentração alemães durante a Segunda Guerra Mundial.
Mascate: vendedor ambulante.
Armarinhos: loja em que se vendem tecidos, aviamentos de costura e outras miudezas.
Tahine: pasta feita com sementes de gergelim.
Deportados: enviados de volta à pátria, expulsar.
Brasil: um país, muitos povos

O Brasil é um país extremamente diversificado. A partir do encontro entre índios e portugueses, nos tornamos uma nação miscigenada.
Vidas em movimento

Para termos uma ideia do número de imigrantes que escolheram o Brasil como sua segunda pátria, observe a tabela.
Para o professor

Para termos uma ideia do número de imigrantes que escolheram o Brasil como sua segunda pátria, observe a tabela.
Nós, os imigrantes Para termos uma ideia do número de imigrantes que escolheram o Brasil


Portugueses

Italianos

Alemães

Espanhóis

Judeus

Árabes

Japoneses

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Brasil: um país, muitos povos

O Brasil é um país extremamente diversificado. A partir do encontro entre índios e portugueses, nos tornamos uma nação miscigenada. E lá se vão mais de 500 anos!!!

Outros povos seguiram o exemplo dos portugueses, escolhendo o Brasil como seu lar adotivo:
Italianos, espanhóis, alemães, árabes, judeus.

Esses imigrantes ajudaram a fazer desta uma terra de muitas culturas, muitos rostos, muitas línguas e uma só paixão, a paixão pelo nosso país

Mas...o que levaria famílias inteiras a deixar suas terras de origem? Qual a contribuição desses povos para a nossa cultura? Ficou curioso? Então, vamos navegar!!!


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Nós, os imigrantes


Para termos uma ideia do número de imigrantes que escolheram o Brasil como sua segunda pátria, observe a tabela que registra as entradas desses imigrantes nas primeiras décadas do século XX.


 
     Imigração no Brasil, por nacionalidade - períodos decenais 18884-1893 a 1924-1933
 
  Nacionalidade
     Efetivos Decenais
 
   
1884-1993
1894-1903
1904-1913
1914-1923
1924-1933
 
  Alemães
227.778
6.698
33.859
29.339
61.723
 
  Espanhóis
113.116
102.142
224.672
94.779
52.405
 
  Italianos
510.533
537.784
196.521
86.320
70.177
 
  Japoneses
-
-
11.868
20.398
110.191
 
  Portugueses
170.621
155.542
384.672
201.252
233.650
 
  Sírios e Turcos
96
7.124
45.803
20.400
20.400
 
  Outros
66.524
42.820
109.222
51.493
164.586
 
  Total
883.668
852.110
1.006.617
503.981
717.223
 
Fonte: Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro, IBGE, 2000.
Apêndice: Estatísticas de 500 anos de povoamento, p. 225


Vamos agora conhecer sobre a imigração portuguesa...


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Nós, os imigrantes


PORTUGUESES

Portugueses, os primeiros imigrantes...




Quando pensamos nas causas da imigração, a primeira imagem que nos vem à mente é a da pobreza e a do desemprego. Mas, embora esses sejam fatores importantes, não são os únicos. O melhor exemplo do que estamos falando está na imigração portuguesa.

Vamos ver o porquê?

Depois da descoberta do Brasil, muitos portugueses viriam a habitar estas terras: somente nos séculos XVI e XVII, foram mais de 100 mil e o fluxo de imigrantes foi aumentando, gradativamente, até cessar quase por completo, em meados do século XX.

Donatários, aventureiros, comerciantes...

A experiência inicial da imigração não foi nada fácil para aqueles primeiros portugueses. A viagem de navio era longa, a comida estragava com facilidade e a água potável era rara. Além do mais, os navegantes eram extremamente supersticiosos e acreditavam que encontrariam perigos terríveis no oceano como sereias e monstros marinhos.




Diante de tantas dificuldades, quem se aventuraria???

Os primeiros portugueses que vieram para o Brasil eram imigrantes ricos, interessados em explorar a nascente agricultura açucareira que começava a se desenvolver no Nordeste.

Um outro fator importante para a imigração foi a religião, pois vários cristãos-novos imigraram para o Brasil fugindo das perseguições religiosas na Europa. Muitos degredados também foram enviados para cumprir pena no Brasil.

A descoberta de ouro nas Minas Gerais aumentou o número de imigrantes portugueses pobres que vieram tentar a sorte no Brasil. Vinham sobretudo do norte de Portugal, de regiões como Minho e Trás-os-Montes, regiões muito pobres, onde as perspectivas de vida não eram boas.

E na bagagem, séculos de cultura...

A família real portuguesa, vinda em 1808, traz consigo milhares de portugueses, nobres e ricos, que carregam em sua bagagem livros e objetos de arte que acabam por dar origem a importantes instituições como a Biblioteca Nacional e o Museu Histórico Nacional, ambos no Rio de Janeiro.

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Nós, os imigrantes


PORTUGUESES

O sabor das viagens...


Ao falarmos sobre a imigração portuguesa, não poderíamos deixar de lado a sua contribuição para tornar a culinária brasileira uma das mais ricas do mundo.

Os portugueses foram os pioneiros na Expansão Marítima, cujo objetivo era encontrar um caminho marítimo para o Oriente, em busca de mercadorias e das especiarias, que eram extremamente caras o que fazia o seu comércio muito lucrativo. Podemos dizer que os portugueses atravessaram o mundo em busca de mais sabor!


Muitas dessas especiarias foram introduzidas na culinária brasileira pelas mãos portuguesas. Os portugueses trouxeram, ainda, o sal, usado para temperar e conservar os alimentos.

O azeite-de-oliva também passou a ser indispensável em nossas mesas. Com ele, saboreamos um dos pratos mais típicos de Portugal, o bacalhau. A cozinha portuguesa é rica em diferentes tipos de peixes, assim como da lula, do camarão e vários mariscos.

Os trópicos também modificaram a cozinha portuguesa e surgiram novas delícias unindo a Europa e a América. A culinária portuguesa é rica em doces de ovos e aqui às receitas foram acrescentados ingredientes brasileiros, como o coco. Doces feitos à base de coco e ovos tornaram-se iguarias de dar água na boca! Afinal, quem não gosta de saborear um apetitoso quindim? Ou um bom-bocado?


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Nós, os imigrantes


IMIGRAÇÃO ITALIANA


Tarantella
Fonte: Sicillan Culture


E os italianos chegaram...

A imigração italiana foi extremamente importante para a cultura brasileira. Quase um milhão de italianos entraram no Brasil no século XIX. Sua vinda foi motivada sobretudo pela abolição da escravatura, pois eles vieram assumir os postos de trabalho na lavoura que haviam sido ocupados, até então, pelos escravos, libertos a partir de 1888.



A "cidade dos italianos"...

A princípio, os italianos dirigiram-se a São Paulo, para as plantações de café. Sua influência pode ser notada até hoje em toda a cidade de São Paulo, especialmente nos bairros do Bexiga, da Mooca, entre outros.

O chamado "sotaque" paulistano também deve muito aos italianos. Sua maneira de falar "cantando" foi rapidamente incorporada à fala dos paulistas. Aliás, o Brasil todo fala "italiano".

Também falamos italiano sempre que nos despedimos. O nosso "tchau" vem do italiano ciao. E o tão famoso macarrão? A palavra italiana macarrone servia para identificar vários tipos de massa.


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Nós, os imigrantes


IMIGRAÇÃO ITALIANA

E a Itália no sul do Brasil...

Muitos italianos se dirigiram ao sul do Brasil. Em parte, devido ao clima favorável, em parte pela possibilidade de comprar terras e garantir sua sobrevivência. Uma das culturas mais praticadas era a do cultivo de uvas para o fabrico de vinho. Não é de espantar, pois a Itália fabrica alguns dos melhores vinhos do mundo!

Logo, não é à toa que os italianos acabam por se estabelecer em regiões cujo clima é propício a esse cultivo. Assim, foram fundando várias cidades, especialmente na serra gaúcha - Garibaldi, Farroupilha, Bento Gonçalves, Flores da Cunha e tantas outras.


In vino veritas...

In vino veritas é uma expressão latina que significa a verdade está no vinho. Embora as primeiras mudas de uvas tenham sido trazidas para o Brasil por Martim Afonso de Sousa, em 1532, as tentativas de cultivo fracassaram. O clima das regiões nordeste e sudeste, primeiras a serem ocupadas pelos colonizadores, não era propício para as videiras e as colheitas não germinaram. Entretanto, quando os italianos chegaram ao sul do país, encontraram o clima e o solo ideais ao novo cultivo. Eles trouxeram da Itália mudas de excelente qualidade e conheciam melhor do que ninguém as técnicas para a plantação. E as videiras deram frutos...

Várias cidades fundadas por imigrantes, especialmente na Serra Gaúcha, dedicaram-se ao cultivo do vinho como Flores da Cunha e Caxias do Sul. Foi em Caxias, em 1920, que se realizou a primeira festa da uva. O objetivo era apresentar as variedades de uvas desenvolvidas e cultivadas na região. A festa fez tanto sucesso que chegou aos nossos dias sob a forma de um grande festival, envolvendo diversos produtores, se constituindo em um atrativo turístico, propiciando a criação de um grande polo econômico da região.



O progresso à italiana...

Os italianos trouxeram consigo o progresso e foram responsáveis por muitas das grandes empresas e casas bancárias do Brasil.

Empreendedores, destacaram-se não só na indústria e no comércio, mas também nas artes e, é claro, na culinária.


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Nós, os imigrantes


IMIGRAÇÃO ITALIANA

Anarquistas, graças a Deus...

Este é o titulo de um dos mais importantes livros da escritora brasileira Zélia Gattai. Filha de imigrantes italianos, nele, ela descreve sua infância e o envolvimento dos italianos na formação da classe operária brasileira, onde divulgavam novas ideias políticas, como o anarquismo, especialmente em São Paulo, nossa maior metrópole industrial.

Os italianos fundaram sindicatos trabalhistas e defendiam melhores condições de vida para os operários. Vale lembrar que, nessa época, um operário trabalhava em média 12 horas por dia e não tinha nenhum direito trabalhista como férias ou salário-mínimo.


Buscando melhores condições de vida e trabalho, os italianos criaram uma rede de solidariedade não só para atender àqueles que já estavam no Brasil, mas, também, para integrar os novos imigrantes que chegavam. Assim, foram fundadas as chamadas "sociedades de socorro mútuo". Essas entidades auxiliavam seus associados e familiares em casos de doença, falecimento, desemprego e outras dificuldades.

O Brás, um bairro italiano e operário de São Paulo, foi a melhor tradução do crescimento de São Paulo e, é claro, da contribuição desses imigrantes.




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Nós, os imigrantes


IMIGRAÇÃO ITALIANA

E a bola está em campo...

Italianos e brasileiros compartilham não só a paixão pelo Brasil, mas também a paixão pelo futebol. A Itália, três vezes campeã do mundo, já disputou várias partidas com o Brasil. Mas cá entre nós, a rivalidade se restringe ao campo. Vários jogadores brasileiros fazem parte de times italianos e um dos principais clubes do Brasil foi fundado por italianos, o Palestra Itália.

Já ouviu falar neste time? Tenho certeza que sim...

Trata-se do:






Arte à italiana...

Foram os italianos que trouxeram o cinema para o Brasil, além de terem fundado o TBC, Teatro Brasileiro de Comédia e uma das principais companhias cinematográficas de nossa história, a Vera Cruz.



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Nós, os imigrantes


IMIGRAÇÃO ALEMÃ

E os alemães chegaram...

Ao contrário do que se pensa normalmente, os primeiros imigrantes alemães não foram para o sul do Brasil. Na verdade, eles tomaram um rumo bem diverso.

Rio de Janeiro? Hummm... não.

São Paulo, a metrópole industrial? Ops... também não.

Na verdade, o primeiro grupo de imigrantes alemães se estabeleceu... na Bahia, em 1818, onde fundaram a Colônia de São Leopoldo! Sabe por quê? Nesta época, a Bahia era um importante centro econômico, enriquecido pela lavoura açucareira.


Outros grupos vieram e, estes sim, se dirigiram para as lavouras de São Paulo e para o sul do Brasil. Em média, 250 mil alemães imigraram para o Brasil, atraídos pelas oportunidades oferecidas pelo estado brasileiro, interessado na mão de obra europeia.

Uma gente trabalhadora...

Os alemães sempre foram conhecidos pela sua disciplina e esforço. No Brasil, não poderia ser diferente. Ativos trabalhadores da lavoura, dedicavam-se com afinco a economizar para comprar suas próprias terras.

Tanto esforço e trabalho duro foram recompensados e os alemães não só puderam adquirir suas propriedades, como fundaram várias cidades, especialmente no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O povo das flores...

As cidades fundadas pelos alemães destacam-se não somente pela beleza de sua arquitetura, mas também pelos seus bem cuidados jardins. Na verdade, os alemães são grandes jardineiros e conseguem cultivar flores frágeis e que requerem muito cuidado, como orquídeas e hortênsias. Essa habilidade também lhes permitiu expandir, em fins do século XIX e início do século XX, uma atividade não muito divulgada no Brasil, a floricultura.


Uma boa cerveja, uma boa mesa...

Você já ouviu falar na Oktoberfest?

A Oktoberfest é a mais alemã das festas brasileiras. Sua origem? Bem, em 1810, aconteceu a primeira Oktoberfest, em Munique, na Alemanha, em comemoração ao casamento dos reis Luiz e Teresa. A festa foi feita com a distribuição da bebida mais famosa da Alemanha: a cerveja.

Pois é, já descobriram de onde vêm uma de nossas bebidas preferidas?

Em 1984, foi realizada, em Blumenau, Santa Catarina, a primeira Oktoberfest. Hoje, esta é uma das principais festas do calendário brasileiro, reunindo pessoas de todo o Brasil que apreciam não só a cerveja alemã, mas também a sua culinária e danças típicas, uma tradição da festa.


Aliás, toda a Blumenau é um pedaço da Alemanha no Brasil, você não acha?


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Nós, os imigrantes


IMIGRAÇÃO ALEMÃ

A Alemanha sobre rodas...

A Alemanha possui uma grande tradição na indústria mecânica e, consequentemente, também na indústria automobilística.

Podemos notar essa importância todos os dias, no trânsito de qualquer cidade brasileira. Afinal, uma das marcas de automóveis mais populares no Brasil, a Volkswagen, é alemã, possuindo sede no Brasil.

Foram os alemães que trouxeram para o Brasil um dos carros mais populares de todos os tempos. Você sabe de que automóvel estamos falando?






É isso aí. O fusca!

O primeiro lote, com cinquenta fuscas importados da Alemanha, chegou ao Brasil em 1950. Foi um tremendo sucesso! Tanto que seis anos depois a Volkswagen começava a construção de sua montadora brasileira, em São Bernardo do Campo, São Paulo.

O fusca virou um símbolo do progresso brasileiro e hoje é artigo de colecionador.


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Nós, os imigrantes


IMIGRAÇÃO ESPANHOLA


Flamenco
Fonte: Mariano Cordoba


E os espanhóis chegaram...

A imigração espanhola foi a terceira maior do país, perdendo apenas para portugueses e italianos. Confira na nossa tabela!

No final do século XIX e início do XX, a Espanha passava por uma grande crise agrícola, o que causava o encarecimento dos alimentos e aumentava a pobreza da população, especialmente no campo.

Atraídos pelas propostas de emprego na lavoura oferecidas pelo governo brasileiro, os espanhóis deixaram suas terras e rumaram para o Brasil. Concentraram-se, sobretudo, no estado de São Paulo, onde havia maior necessidade de mão de obra, que seria empregada nos cafezais.

Mas os espanhóis não se dirigiram somente às lavouras. Muitos desses imigrantes fizeram a opção de se estabelecer em algumas das principais cidades brasileiras, onde havia maior oferta de mão de obra na indústria. Além de São Paulo, cidades como Salvador, Recife e Rio de Janeiro receberam um grande número de imigrantes.


Clique na castanhola
Os espanhóis fundaram nessas cidades diversas associações beneficentes, cujo objetivo inicial era atender aos imigrantes que chegavam. Para preservar sua cultura e identidade, reuniam-se em associações culturais como a Casa de Espanha, no Rio de Janeiro, onde realizam, até os dias de hoje, festas e eventos.


Dentre as diversas heranças que recebemos dos espanhóis, estão os nomes de família. Os sobrenomes começaram a ser utilizados para indicar a região às quais as pessoas pertenciam. Sua forma foi sendo alterada ao longo dos séculos, diversificando-se.

Será que você consegue indicar quais sobrenomes abaixo são de origem espanhola?




















Gostou? E então, você tem algum amigo que tenha estes sobrenomes? Afinal, a Espanha está bem mais próxima de nós do que imaginamos, não é?


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Nós, os imigrantes


IMIGRAÇÃO JUDAICA

Para falarmos sobre a imigração judaica, temos que compreender, antes de tudo, quem são os judeus.

Perseguidos por séculos, os judeus foram, durante boa parte de sua história, um povo sem estado. Isso só mudou em 1948, com a fundação do estado de Israel.

Mas... um momento... se os judeus não têm um país, o que faz de um judeu, judeu?






A fé religiosa e os hábitos e costumes compartilhados.



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Nós, os imigrantes


IMIGRAÇÃO JUDAICA

Os primeiros judeus no Brasil...

Os judeus imigram para o Brasil desde os tempos coloniais. Buscavam nas terras brasileiras a liberdade religiosa que não tinham na Europa. Como sempre tiveram apreço pelos livros e pelas letras, foram responsáveis pela fundação de várias escolas, além, é claro, de sinagogas e associações beneficentes.

A cidade brasileira que mais recebeu os imigrantes judeus foi São Paulo. Por isso, lá se encontra a maior parte das associações israelitas.

Mas os judeus não imigraram somente da Europa.

Os sefaradis formam boa parte da atual comunidade judaica do Brasil.


Os judeus sempre valorizaram a educação, desde os tempos medievais. Assim, se tornaram grandes cientistas e matemáticos, dedicando-se também ao comércio e às artes.

Os judeus e o holocausto...

Na segunda Guerra Mundial, os judeus foram perseguidos pelo regime nazista e levados a campos de concentração, para trabalhos forçados. Milhares de judeus foram assassinados e aqueles que conseguiram fugir da Alemanha nazista refugiaram-se especialmente nos Estados Unidos e na Argentina. O Brasil também recebeu muitos desses refugiados, que perderam suas casas e suas famílias, em um período negro para a história.

Hoje, parece que nos esquecemos dos horrores desta época e vemos ressurgir grupos neonazistas, que pregam o preconceito e a intolerância. Devemos sempre lembrar que a diversidade só nos enriquece e que o respeito e a paz entre os povos é sempre possível. Exemplo disso são as negociações de paz entre Israel e Palestina.

Amantes da arte e da cultura...

No Brasil, os judeus se destacaram por sua atuação no comércio e na indústria e também na arte e na cultura. Podemos designar os judeus como o “povo dos livros”, por seu apreço pela educação e propagação de suas tradições e costumes. Assim, várias escolas judaicas foram fundadas no Brasil e são conhecidas pela excelência de seu ensino.

Da mesma forma, foram fundados o Museu Judaico, além de várias associações israelitas, como a Hebraica.


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Nós, os imigrantes


IMIGRAÇÃO ÁRABE


MOHAMMED ABDU
Fonte: Arabic Music


Quem são os "árabes"?

Na verdade, árabe é uma designação genérica utilizada para os imigrantes de mesma língua e religião. De fato, o "mundo árabe" é composto por 21 países como Argélia, Arábia Saudita, Egito e Marrocos. As maiores ondas migratórias do Brasil vieram da Turquia, Síria e Líbano.

Os árabes começam a imigrar para o Brasil no século XIX, atraídos pela prosperidade econômica da lavoura e pelo desenvolvimento pelo qual o país vinha passando, em especial após a independência, em 1822.


Na segunda metade do século XIX, os países árabes passaram a viver conflitos constantes, em especial quando estavam sob o domínio do Império Turco Otomano. É por isso que muitos árabes ao chegar ao Brasil foram chamados simplesmente de "turcos".

Os libaneses dirigiram-se sobretudo para São Paulo e Minas Gerais, onde se estabeleciam no comércio. Sua familiaridade com este tipo de atividade fez com que a primeira profissão dos árabes no Brasil fosse, normalmente, a de mascate.

O que não é de surpreender. Os árabes sempre foram conhecidos como grandes comerciantes e sua importância no desenvolvimento da matemática é notável.

Descobrindo o Brasil...

Como mascates e vendedores, os árabes percorriam grandes distâncias oferecendo suas mercadorias. E, dessa forma, puderam conhecer grande parte do Brasil, sendo sua presença notada desde estados como o Rio de Janeiro até a Amazônia!

As notícias sobre a prosperidade desses imigrantes se espalharam e atravessaram o oceano, atraindo novas ondas migratórias. Os antigos mascates, que ofereciam suas mercadorias de porta em porta, aos poucos acumularam capital para montar suas lojas, os famosos armarinhos.


Essa comida é das arábias...

Uma das maiores influências dos árabes em nossa cultura está, sem dúvida, na culinária, sendo a estrela da cozinha os temperos, com destaque para a pimenta e o tahine.

Além dos temperos, destacam-se as famosas esfihas, os vários tipos de quibe e o tabule, uma espécie de salada feita com trigo e condimentos.




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Nós, os imigrantes


IMIGRAÇÃO JAPONESA

Santos. Vapor japones Kasato Maru atracado nas docas.
Os primeiros japoneses chegaram ao Brasil já no século XX, mais precisamente em 1908, a bordo do navio Kasato Maru que trazia pouco mais de 700 japoneses, em sua maioria agricultores, que rumaram para as fazendas de café. Depois dessa primeira viagem, mais de 50 mil japoneses chegaram no Brasil.

Muitos deles se estabeleceram na cidade de São Paulo, em especial no bairro da Liberdade, conhecido como o "bairro japonês", que hoje sedia o Centro de Estudos Nipo-Brasileiro, dedicado ao estudo e a divulgação da história e da cultura japonesas.


Uma cultura milenar

Talvez pelo fato de o Japão ser uma ilha de tamanho reduzido e, logo, ter um espaço limitado, a arte japonesa seja extremamente delicada e pequenina. Um exemplo disso é a cultura do bonsai, pequenas árvores cultivadas em vasos.


Além das árvores anãs, os japoneses são experts na arte do origami.

Mas, o que é um origami?

Certamente, você já fez, algum dia, barquinhos de papel, aviõezinhos e chapéus de soldado não é?
Podemos dizer que isso é um origami simples.

Na verdade, quando o papel foi inventado, há mais de 2000 anos, ele era extremamente precioso. Assim, os antigos japoneses faziam pequenas esculturas de papel para oferecer aos deuses, como prova de sua devoção.

Mais tarde, essas dobraduras passaram a ser oferecidas em ocasiões especiais como casamentos. Aos poucos, a técnica difundiu-se e os origamis espalharam-se pelo mundo.

A ave Tsuru (grou ou cegonha), por exemplo, simboliza saúde, fortuna, boa sorte e felicidade e é considerada ave-símbolo do origami.


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Nós, os imigrantes


IMIGRAÇÃO JAPONESA

Paciência e sabedoria...

Tradução:
Ah, lua de outono
Andando em volta do lago
Passei toda a noite.


Os japoneses são conhecidos mundialmente por sua persistência, paciência e sabedoria. A filosofia oriental prega a harmonia e a felicidade.

Dentre as maiores contribuições japonesas está o cultivo de novos produtos como o arroz. Muitos imigrantes dedicaram-se também a criação do bicho-da-seda, de onde se produz o fio para a fabricação da seda.

A imigração permite que possamos conviver com um povo que vivia do outro lado do mundo. Onde quer que estejamos, sentimos a presença japonesa. Na prática das artes marciais – o judô já nos rendeu algumas medalhas olímpicas – na medicina, nas roupas etc.

Hoje, o caminho é inverso. Os brasileiros, descendentes de japoneses, imigram para o Japão em busca de melhores condições de vida. São os dekasseguis. Esses brasileiros normalmente trabalham em fábricas de automóveis, celulares e aparelhos eletrônicos.

E que tal, agora, conhecer a presença japonesa no Brasil?

Japoneses recém-chegados, aguardando seu destino na Hospedaria dos Imigrantes, em São Paulo. Imigrantes japoneses em sua lavoura de batata. Bairro da Liberdade, São Paulo - SP. Festa Oriental - Bairro da Liberdade, São Paulo -SP.

Fontes: Museu Histórico da Imigração Japonesa e Terra Brasileira.


Arigatô!


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Vidas em movimento

Quando pensamos sobre o papel fundamental da imigração na formação da cultura brasileira, um aspecto nos escapa: as dificuldades passadas por estas famílias ao deixarem suas terras de origem.

Imigrar não é nada fácil. Basta pensar em um exemplo simples. Muitas vezes, temos que mudar de cidade, de rua ou de escola. Deixamos para trás amigos, uma rotina. É difícil, não é? Imagine só mudar de país e deixar a terra em que você nasceu, onde tem vários familiares como avós e tios e embarcar para o outro lado do mundo? Muitos dos imigrantes que chegaram ao Brasil jamais voltaram a ver sua terra natal.

A viagem nos navios era muito longa e desconfortável. Como as condições de higiene eram precárias, essas embarcações se tornaram focos de doenças e levaram muitos imigrantes à morte. Em casos mais graves, os navios eram postos em quarentena ao chegar ao Brasil, o que quer dizer que os viajantes deviam ficar em média quarenta dias sem poder desembarcar, mesmo depois de terem enfrentado uma viagem tão longa.

E depois, havia ainda novos problemas. Habituar-se a uma terra estranha, com um clima diferente e uma nova língua. Se já era difícil para os portugueses, com os quais compartilhamos o idioma, imagine só no caso dos árabes, alemães e japoneses!

Mas essas dificuldades acabaram sendo superadas com muita força de vontade, trabalho e solidariedade, fazendo com que mais de dois milhões de pessoas se lançassem nesta aventura.

Analise este gráfico sobre a entrada de imigrantes no país.



Fonte: Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro, IBGE, 2000.
Apêndice: Estatísticas de 500 anos de povoamento, p. 225

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Vidas em movimento

Hoje, o caminho é inverso e são os brasileiros que imigram.

O Brasil é o país com um dos maiores números de cidadãos no exterior.

Nosso destino? Estados Unidos, Japão e Europa.

Imigramos pelas mesmas razões que nossos antepassados, há tanto tempo atrás: melhores condições de vida, emprego e estudo.

Os imigrantes brasileiros passam por novas dificuldades como obter o visto permanente, especialmente nos Estados Unidos. Muitos entram ilegalmente e acabam sendo deportados.

Os que conseguem se estabelecer no exterior guardam sempre muitas lembranças e saudades de nossa pátria, mas levam para o mundo nossa cultura e nossos costumes.

Afinal, há um pedacinho de cada parte do mundo no Brasil, não é mesmo?


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Conversando com o professor

Professor,

Nossa proposta, neste conteúdo, é apresentar subsídios para um estudo interdisciplinar sobre a imigração no Brasil. Observe que o assunto é apresentado considerando o contexto da imigração, os traços sociais e culturais deixados como contribuição de diversos povos numa nação.

Oferece-se, então, a visão do todo para análise das partes. Além das informações propriamente ditas, possibilita-se o desenvolvimento do pensamento com destaque para a relação causa e efeito. O que, certamente, muito contribuirá para a compreensão da diversidade e da necessidade de tolerância para com as diferenças.

Todos esses aspectos em destaque, certamente, constam do Projeto Político Pedagógico da sua escola.

Abaixo, registramos alguns dos objetivos que podem alcançados com esse trabalho.