voltar Alcoolismo

O álcool é considerado uma droga psicotrópica, por agir e no sistema nervoso central, provocando efeitos em quem o consome, além de poder gerar dependência. Entre as drogas psicotrópicas, é uma das poucas socialmente aceitas, ao menos na cultura ocidental.

Contudo, apesar de ser consumido ao longo da históriaHistória da bebida alcoólica
Os vestígios mais antigos de consumo de álcool pelo homem são de 6000 a.C. Inicialmente, as bebidas tinham conteúdo alcoólico baixo, pois dependiam exclusivamente da fermentação. Com o surgimento do processo de destilação, introduzido na Europa pelos árabes na Idade Média, surgiram novos tipos de bebidas alcoólicas. À época, esse tipo de bebida passou a ser considerado como um remédio para todas as doenças, surgindo então a palavra whisky (do gálico “usquebaugh”, que significa “água da vida”).A partir da Revolução Industrial, registrou-se um grande aumento na oferta de destilados, acompanhado de maior consumo e, consequentemente, gerando um aumento no número de pessoas que passaram a apresentar algum tipo de problema devido ao uso excessivo de álcool.
, o álcool, dependendo da quantidade, frequência e circunstâncias, pode levar à dependência.

O alcoolismo atinge cerca de 5 a 10% da população adulta brasileira, de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria. A passagem do beber moderado ao beber problemático acontece lentamente, podendo levar vários anos.


Efeitos
O consumo do álcool gera efeitos que se manifestam em duas fases: inicialmente a pessoa pode ficar desinibida e eufórica, mas depois, aparecem os efeitos depressores, quando ocorre falta de coordenação motora, descontrole e sono e, em casos mais graves, o estado de coma.

Importante ressaltar que os efeitos do álcool variam de intensidade de acordo com a quantidade e o tipo de bebida e as características pessoais, como o peso da pessoa e seu costume de beber ou não.



Sinais de dependência do álcool
A dependência do álcool se revela por alguns sinais:
Desenvolvimento da tolerância - a necessidade de beber cada vez mais para obter os mesmos efeitos;
Aumento da importância da bebida alcoólica no cotidiano da pessoa;
Vontade exagerada de beber,
Falta de controle em relação a quando parar e
Síndrome de abstinência, que surge quando ocorre diminuição ou parada repentina do consumo de bebidas alcoólicas após um período de ingestão excessiva e freqüente e se manifesta por tremor nas mãos, distúrbios gastrointestinais, alterações de sono e um estado de inquietação. Aproximadamente 5% dos que entram em abstinência leve evoluem para a abstinência severa, que além da acentuação dos sintomas, caracteriza-se por tremores e desorientação no tempo e espaço.

Em caso de dependência, é importante conhecer o grupo Alcoólicos Anônimos, que realiza um trabalho de reeducação e re-inserção do dependente de álcool à família e à sociedade.

Doenças associadas
As doenças mais frequentes entre dependentes do álcool são: doenças do fígado - como a cirrose; problemas digestivos - gastrite, síndrome de má absorção e pancreatite - e do sistema cardiovascular - hipertensão e problemas no coração.

Durante a gravidez
Aproximadamente 30% dos bebês de mães dependentes do álcool, que consumiram a droga em excesso durante a gravidez, sofrem a “Síndrome Fetal pelo Álcool”. Os recém-nascidos apresentam sinais de irritação, mamam e dormem pouco, além de apresentarem tremores. As crianças gravemente afetadas e que conseguem sobreviver aos primeiros momentos de vida, podem apresentar problemas físicos e mentais que variam de intensidade de acordo com cada caso.


Álcool e Trânsito
A ingestão de álcool diminui a coordenação motora e os reflexos, comprometendo a capacidade de dirigir veículos. Com base nos efeitos do álcool no trânsito e no alto índice de acidentes envolvendo motoristas alcoolizados, em 2008 foi promulgada a chamada Lei Seca, pela qual foi estabelecida a alcoolemia zero (na realidade é de 0,1 mg/L, ou quase zero) para quem dirige.

Antes, era permitido dirigir tendo bebido o equivalente a dois copos de cerveja, ou seis decigramas de álcool por litro de sangue. Acreditava-se haver um nível seguro de álcool no organismo, até o qual não haveria alterações graves que impedissem uma pessoa de dirigir.

Com a nova lei quem for dirigir não pode beber nem meio copo de cerveja. Agora, dirigir alcoolizado é considerado infração gravíssima pelo Código de Trânsito, além de resultar em multa e suspensão do direito de dirigir por 12 meses.

Também passou a ser proibida a venda de bebida alcoólica em rodovias federais ou nas suas proximidades, para consumo no local. Além disso, o motorista alcoolizado que provocar acidente com mortes será levado à justiça como caso de crime doloso, ou seja, com intenção de matar.



Fontes: Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID).