A culinária
Você já deve ter ouvido falar em alguns nomes da culinária, como acarajé, mungunzá, quibebe, farofa, vatapá, não é mesmo? O que talvez não saiba é que são pratos originalmente usados como comidas de santo. Hoje, porém, são dignos representantes da culinária brasileira. As negras africanas começaram a trabalhar nas cozinhas dos Senhores de Engenho e introduziram novas técnicas de preparo e tempero dos alimentos. Também adaptaram seus hábitos culinários aos ingredientes do Brasil. |
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Quer um exemplo?
Na falta das pimentas africanas, usaram o azeite-de-dendê.
Substituíram o inhame por mandioca, por influência indígena.
E a feijoada?
Do cozido português veio a idéia de incluir o feijão preto ou mulatinho às carnes que eram dadas aos escravos - partes menos nobres do boi e do porco. E assim, na senzala, nasceu o nosso orgulho nacional: a feijoada.
Você sabia que os traficantes de escravos também trouxeram para o Brasil ingredientes africanos? É o caso da banana, ícone de brasilidade mundo afora.
A palmeira de onde se extrai o azeite, foi trazida da África para o Brasil nas primeiras décadas do século XVI.
Enfim... todos o pratos vindos do continente africano foram reelaborados, recriados, no Brasil, com os elementos locais e o azeite de dendê.
E haja criatividade e capacidade de improvisação! O dendê trazidos pelos portugueses para queimar em lamparinas e iluminar as noites escuras do novo continente logo foi parar na panela das mucamas. "Desde a África elas já sabiam que o azeite podia ser usado nas comidas".
Vamos ver algumas receitas?